Ideias – Animais Sádicos

  • 50k palavras
  • Mínimo de 30 desenhos (arte estilo tipo Anime em preto e branco)
  • Género: Grimdark
  • Contexto: Quando os humanos morrem, eles aparecem no reino Naraka, da mitologia Budista. Este é um um plano frio, túndrico, com um coliseu no centro. Quanto mais as pessoas se afastarem do centro, mais frio sentem, até se transformarem em estátuas de gelo. No coliseu, as pessoas são obrigadas a lutar até à morte. As pessoas, ao renascerem neste plano, perdem todas as suas memórias, apenas se lembram de terem sido humanos. Aparecem em corpos estranhos, de figuras humanóides, mas com pelo e garras e outras caraterísticas animalescas e fantásticas. A sua humanidade é reduzida a instintos primitivos e violência.
  • A personagem principal é uma mulher que tinha vivido uma vida de sucesso e egoísmo. Uma mulher fria. Ela reaparece em Naraka, onde o seu novo nome é Malys. Ela aparece no início da história no coliseu, dentro de uma jaula. Ela não sabe o que se passa.
  • Cada vez que há uma luta, aparece no livro uma imagem, um desenho com as duas personagens que vão lutar, com os seus nomes e “VS” no meio.
  • Depois de vencer a sua primeira luta, Malys é arrastada com uma corrente para uma cela. Há um outro monstro na cela, a meditar.
  • Neste mundo, as pessoas têm os seus impulsos fora de controlo. O seu diálogo é pesado, ofensivo, intenso. As suas ações são impulsivas e violentas, e por vezes sexuais. O conceito de “consentimento” nem sequer existe, nem se aplica neste mundo.
  • A história tem um mínimo de 10 batalhas no coliseu. Após a última batalha, Malys, mais o colega de cela, mais outras personagens, descobrem uma forma de fugirem do coliseu.
  • Há uns seres bizarros e assustadores que as personagens chamam de “cavalos”, mas eles assemelham-se muito pouco aos cavalos do nosso mundo.
  • Está sempre a nevar. O sangue contrasta com o branco da neve.
  • Há um demónio que reina Naraka. Ele é que atribui os nomes às pessoas, e ele anuncia as batalhas.
  • Quando alguém desafia ou desobedece o demónio, ele manda guardas arrastarem esses rebeldes para o centro do coliseu para serem executados.
  • No fim da história, à medida que Malys e os outros estão a cavalgar para longe do coliseu, Malys para. Ela decide que não quer continuar a viver assim. E decide que tem que aceitar o seu castigo. Quanto mais cedo aceitar a sua morte neste reino, mais cedo poderá seguir em frente. Neste momento, ela compreende que está no Inferno porque merece. O outro monstro, colega de cela, também fica para trás. A história termina com os dois em silêncio, no frio, enquanto ouvem os monstros do demónio a aproximarem-se em cavalos.
  • Teatro da Mente: Ao longo da história, há 3 capítulos que são escritos sob a forma de peça de teatro. Estes capítulos apresentam momentos representativos da vida de Malys quando era humana, apresentando o seu lado frio e egoísta. Isto comunica subtilmente ao leitor que Malys está a recuperar memórias da sua vida.
  • Lições e temas: Moralidade, egoísmo, violência, e redenção. O fim da história é mórbido e assustador, mas representa a aceitação de justiça kármica. É um fim positivo pois em vez de Malys perpetuar o ciclo de violência, ela escolhe recuperar a sua humanidade.
  • Ancor aperta o pescoço da outra na cela ao lado
  • Malys obrigada a lutar com co-conspiradora
  • Yama parte braço a oponente de Malys
  • Mauuf morre – Malys vê e fica horrorizada
  • Mauuf chama a atenção a Ancor
  • Cena de Malys reclamar por cheiro a merda
  • Malys chora
  • Malys soube imediatamente quem era Yama, apenas ao olhar para ele. Uma figura aterrorizante. Um ser sádico. Surreal, monstruoso, de outra dimensão.

Prémio:

  • Devaloka

Detalhes:

  • Motosserra
  • Congelados no Frio de Naraka
  • Festival da Lua Vermelha – chove sangue
  • Malys luta com Ancor na cela e abre o crânio
  • Malys obrigada a lutar enquanto ferida
  • Malys mata pessoa inocente (recém-nascida)
  • Diálogo crucial a bold
  • Ancor finge que não se lembra de nada
  • Yama tem forma física, gordo com cornos e sempre a observar, e toca o tambor, e no fim de cada luta toca o sino da vitória
  • Festival da Lua Vermelha ocorre durante a noite com chamas
  • “Antigamente era mais demorado. Mas depois descobri que as pessoas adoram lutas. Elas lutam mesmo sem motivo. Porque é que ninguém fica num canto e simplesmente morre? As pessoas lutam até ao fim. Mesmo quando isso não lhes serve de nada. É um entretenimento sem fim!”

Aparência Tradicional de Yama (Budismo Mahayana e Tibetano):

Fisionomia geral:

  • Gigante e imponente, muitas vezes com aparência demoníaca.
  • Cor da pele escura — azul-escuro, preta ou vermelha.
  • Rosto feroz com presas, olhos flamejantes e expressão colérica.
  • Cabeça adornada com uma coroa de caveiras ou cinco crânios (símbolo dos cinco venenos transmutados em sabedoria).
  • Às vezes retratado com três olhos, representando sabedoria que vê passado, presente e futuro.
  • Corpo humanoide, musculado ou corpulento.
  • Pele azul-escura ou negra — típica de divindades coléricas no budismo esotérico.
  • Muitas vezes gordo, o que não simboliza gula, mas poder e domínio sobre os reinos inferiores.
  • Usa frequentemente joias, peles de tigre, e uma coroa de crânios.

Atributos simbólicos:

  • Laço ou corda: para apanhar almas.
  • Cetro ou clava: poder sobre os mortos.
  • Balança: pesa virtudes e pecados.

Malys – A Heroína Trágica (The Tragic Heroine)

  • Descrição: Uma figura que acredita na própria inocência ou bondade, mas que aos poucos descobre falhas profundas em si mesma.
  • Aplicação em Malys: Começa por se ver como vítima de um erro cósmico, mas gradualmente confronta as suas ações e percepções distorcidas. Isto cria uma jornada de autoconhecimento e expiação (mesmo num mundo sem perdão).
  • Vantagem: Dá profundidade psicológica e uma forte tensão interna. Ideal para uma narrativa introspectiva como a tua.

Malys como Sobrevivente

  • Definição do Arquétipo: O Sobrevivente (uma variação do Everyman) é um personagem comum, sem poderes extraordinários, cuja força está na resiliência, adaptação e determinação para sobreviver. Eles enfrentam adversidades com pragmatismo, mas podem evoluir para encontrar um propósito maior, como conexão ou sacrifício.
  • Como se Aplica a Malys:
    • Personalidade: Malys é descrita como moralmente comum, egoísta, e focada na sobrevivência (“Custe o que custar, vou sair”). Sua visão inicial de si como “heroína” e sua cegueira para seu egoísmo refletem um Sobrevivente que justifica suas ações como necessidade. Sua agressividade verbal, neurose e esperança desesperada são traços de alguém lutando para perseverar em um mundo brutal.
    • Trajetória: Como Sobrevivente, Malys começa focada em si mesma, usando inteligência e pragmatismo para navegar as batalhas do coliseu. Suas falhas (ingenuidade, moralismo) a isolam, mas as interações com Ancor e as revelações nos Teatros da Mente a levam a questionar sua visão de mundo. Sua decisão final de parar a fuga e aceitar o castigo é um ato de transcendência, onde ela escolhe a redenção sobre a mera sobrevivência.
    • Contexto Grimdark: Em Naraka, onde todos lutam por instinto, Malys se destaca por sua teimosia e esperança, mesmo que mal direcionadas. Sua vulnerabilidade física (garras frágeis, corpo esguio) reforça sua natureza de Sobrevivente, que vence por astúcia, não força.
    • Interação com Ancor: Malys inicialmente vê Ancor como uma ameaça, mas sua necessidade de sobreviver a força a aliar-se a ele. Sua resiliência inspira Ancor, enquanto a força dele a protege, criando uma parceria tensa, mas crescente.

Ancor como Fallen Warrior

  • Definição do Arquétipo: O Fallen Warrior é um lutador outrora honrado, agora quebrado por derrota, traição ou perda. Ele luta por hábito ou sobrevivência, não por glória, e sua jornada pode envolver redescobrir propósito ou aceitar um fim digno.
  • Como se Aplica a Ancor:
    • Personalidade: Ancor, com seu corpo lupino e musculoso, é um combatente formidável, mas sua amargura e meditação sugerem um guerreiro que perdeu a fé. Seu ato inicial de violência contra Malys é impulsivo, refletindo um warrior corrompido por Naraka, mas sua desilusão mostra um passado mais profundo.
    • Trajetória: Ancor começa como uma força bruta, lutando com eficiência letal, mas sem esperança. Sua aliança relutante com Malys, motivada por sua resiliência, desperta um senso de propósito. No final, sua decisão de ficar com Malys, enfrentando os monstros de Yama, é um ato de um guerreiro recuperando dignidade, mesmo que trágica.
    • Contexto Grimdark: O coliseu de Naraka é o palco perfeito para um Fallen Warrior, onde a honra é inexistente, e a luta é pura sobrevivência. A meditação de Ancor sugere um conflito interno, talvez ecos de um código perdido.
    • Interação com Malys: Ancor vê Malys como fraca inicialmente, mas sua determinação o desafia. Ele a protege em batalhas, não por bondade, mas por um instinto de guerreiro. Sua presença no final reforça o arco de Malys, como dois condenados enfrentando o destino juntos.

Dinâmica entre Malys e Ancor

  • Conflito Inicial: Malys, a Sobrevivente, despreza Ancor por sua brutalidade, vendo-o como tudo que ela rejeita. Ancor, o Fallen Warrior, considera Malys uma iludida, mas sua persistência o intriga.
  • Crescimento: As batalhas no coliseu forçam uma aliança pragmática. Malys aprende a confiar na força de Ancor, enquanto ele é tocado pela esperança dela, mesmo que cínica. Os Teatros da Mente de Malys podem incluir vislumbres do passado de Ancor (ex.: um soldado traído), aprofundando a conexão.
  • Clímax: Durante a fuga, eles trabalham juntos, mas a decisão de Malys de parar reflete sua maturidade como Sobrevivente, escolhendo propósito sobre autopreservação. Ancor, como Fallen Warrior, junta-se a ela, encontrando um fim digno em vez de continuar a lutar sem sentido.

Diálogo crucial

  • Não mereço isto.” – Malys
  • Ninguém aqui é inocente.” – Ancor

Nomes:

  • Malys (F)
  • Ancor (M)
  • Volkran (M)
  • Looyf (F)
  • Mauuf (F)
  • Krasmas (M)
  • Lynos (F)
  • Lukka (M)
  • Ymnos (M)
  • Falkares (M)
  • Hakkanos (M)
  • Oscur (F)
  • Lillyk (F)
  • Linkyn (F)
  • Hatres (M)
  • Odir (M)
  • Ferasta (F)

Termos Gerais:

  1. Nirvana: O estado de libertação do ciclo de sofrimento e renascimento (samsara).
  2. Samsara: O ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento.
  3. Karma: O princípio de causa e efeito; as ações têm consequências.
  4. Dharma: Os ensinamentos de Buda; a verdade universal
  5. Maya: Ilusão; a natureza enganadora da realidade.
  6. Anicca: Impermanência; a natureza transitória de todas as coisas.
  7. Dukkha: Sofrimento, insatisfação, a natureza da existência.

Reinos e Mundos:

  1. Naraka: O inferno ou reinos infernais, onde as almas sofrem punições.
  2. Pretas: Espíritos famintos, almas presas em desejo insaciável.
  3. Manushya: O reino humano, onde existe a possibilidade de iluminação.

Seres e Entidades:

  1. Yama: O Senhor da Morte e Juiz dos Mortos.
  2. Rakshasa: Espíritos demoníacos ou seres cruéis.
  3. Yaksha: Guardiões espirituais, que podem ser benevolentes ou malignos.

Práticas e Conceitos Espirituais:

  1. Meditation (Dhyana): Prática de concentração profunda.
  2. Mantra: Fórmula sagrada ou cântico repetido.
  3. Samskara: Impressões mentais acumuladas através de experiências.

Objetos e Símbolos:

  1. Stupa: Monumento sagrado que contém relíquias.
  2. Bell (Ghanta): Sino usado em rituais e meditação.
  3. Lotus (Padma): Símbolo de pureza e iluminação.
  4. Chakra: Roda, frequentemente usada para representar o ciclo de Samsara.

Estados de Consciência e Realização:

  1. Jhana (Dhyana): Níveis progressivos de absorção meditativa.
  2. Turiya: O quarto estado de consciência, além da vigília, sonho e sono profundo.
  3. Moksha: Libertação definitiva do ciclo de Samsara (sinónimo de Nirvana).
  4. Sunyata: Vazio ou vacuidade, a ausência de existência inerente em todos os fenómenos.
  5. Avidya: Ignorância, o véu que impede a compreensão da verdade.

Práticas e Técnicas Espirituais:

  1. Tonglen: Meditação em que se recebe o sofrimento dos outros e se envia compaixão.
  2. Vipassana: Meditação de insight, focada na observação clara da realidade.
  3. Mantra Om Mani Padme Hum: Mantra da compaixão associado ao Bodhisattva Avalokiteshvara.

Reinos Espirituais e Seres:

  1. Asura: Semideuses guerreiros, presos pelo orgulho e inveja.
  2. Preta: Espíritos famintos, seres condenados ao desejo insaciável.
  3. Garuda: Pássaro gigante e ser mítico, símbolo de poder espiritual.
  4. Naga: Seres serpentinos com grande sabedoria, associados à água e tesouros espirituais.
  5. Yama: Senhor da Morte e Juiz dos Mortos.
  6. Mahakala: Deidade irada, protetora do Dharma.
  7. Dharmapala: Guardiões do Dharma, muitas vezes com aparência demoníaca.

Objetos e Símbolos Sagrados:

  1. Dorje (Vajra): Cetro ritual que simboliza a natureza indestrutível da iluminação.
  2. Ghanta: Sino ritual, geralmente usado com o Dorje.
  3. Mala: Rosário budista com 108 contas, usado para contar mantras.
  4. Chakra: Centros de energia espiritual no corpo (conceito comum ao Hinduísmo e Budismo).
  5. Stupa: Monumento sagrado que contém relíquias de Buda.
  6. Chöd Drum: Tambor usado na prática de oferenda de Chöd, que simboliza o corte do ego.
  7. Tingsha: Pequenos címbalos usados em práticas de purificação.

Conceitos Filosóficos Avançados:

  1. Trikaya: Os três corpos de Buda — Dharmakaya (Corpo da Verdade), Sambhogakaya (Corpo de Bem-aventurança) e Nirmanakaya (Corpo de Manifestação).
  2. Paramita: As perfeições a serem cultivadas (Generosidade, Moralidade, Paciência, Energia, Meditação, Sabedoria).
  3. Upaya: Meios habilidosos, a capacidade de adaptar o ensinamento ao nível do praticante.
  4. Samyaksambuddha: Um Buda perfeitamente iluminado que descobre a verdade por si mesmo.
  5. Bhavachakra: A roda da vida, representação visual do ciclo de Samsara.
  6. Upekkha: Equanimidade, imparcialidade perante todos os seres.

Kartika (Faca da Sabedoria): Uma faca curva com lâmina em forma de meia-lua, usada para cortar simbolicamente a ignorância e o apego. No contexto de Naraka, pode ser uma arma usada pelos guardas.

Símbolo de Mara: Uma flor de lótus invertida e murcha, simbolizando a corrupção do espírito.

A Flor de Veneno (Upasaka): Um lótus negro que simboliza o desejo insaciável e a decadência espiritual.

A Corrente Kármica: Uma corrente feita de ossos e espinhos, que prende os condenados ao seu destino em Naraka.

Festival da Lua Vermelha.