Este mundo, este meio social, está poluído com imenso gaslight. Várias péssimas ideias e factos falsos que não correspondem à realidade. Não posso entreter ideologias de merda nem perspetivas absurdas, por mais comuns que elas sejam.
Sou, com frequência, visto como um louco. Que assim seja! Sou louco, serei sempre um louco. As minhas convicções são baseadas em verdades inquestionáveis. São baseadas em verdades vividas. Não há margem para debates, para “desconstruções”, para persuasão.
Se eu, por ter vivido estas experiências, sou louco? Que se lixe! Sou um louco.
Pelo menos, sigo o meu caminho. A cada passo que dou, carrego dentro de mim a minha paixão, e a minha Raiva. A Raiva do sofrimento, da rejeição, da exclusão, e de injustiças não resolvidas. Sigo o caminho solitário, que é o caminho da Raiva. Pelo menos tenho um caminho! Pelo menos tenho ambições, tenho garra, tenho algo por que lutar!
Ninguém me compreende. Por mais doloroso que isso seja, tenho que aceitar esse facto. O caminho da Raiva não tem espaço para mais ninguém. Ninguém mais virá lutar pelas minhas causas.
É um caminho absurdo. Não haverá resolução no final disto tudo. Mas este é o meu caminho.
Não é um caminho prático. Não é um caminho muito explorado. Não é um caminho que oferece nada especial no fim. Dinheiro? Fama? Amor? Impensável. Mas é um caminho importante. É o meu caminho, e é a minha obrigação segui-lo.
Não é um caminho confortável. Caminhos confortáveis, leves, esses são armadilhas. A estagnação e o hedonismo são dois lados da mesma moeda. Tenho a obrigação de seguir o caminho do propósito superior – que é cansativo, desconfortável, e até doloroso por vezes.
Não me deixarei ser distraído por merdas insignificantes. Não perderei tempo a lutar batalhas que não me servem. Tenho uma visão bastante clara do que quero, e é isso o que merece esforço. Serei disciplinado para não me distrair com coisas irrelevantes, e viverei focado em seguir o meu caminho. O foco é um aspeto crucial. Foco, como um laser.
Terei momentos de fraqueza. Terei momentos de vulnerabilidade. É bonito, definir objetivos, imaginar-me a ser estóico e segui-los com uma disciplina sobrehumana. Isso é ridículo. Nesta vida, existem emoções. Existem períodos de falhanço, de fraqueza, de falta de energia. Isso tolera-se. Mas não poderei perder muito tempo com isso. Terei que me erguer e seguir em frente, mais cedo ou mais tarde. Não me posso dar ao luxo de ser fraco durante muito tempo.
Sobrevivência? Pensar no dia de amanhã? Pensar em dinheiro? Pensar em “saúde mental”? A sobrevivência, tenho que a tomar por garantida. Viver para otimizar a minha sobrevivência, isso seria patético! Tenho propósitos muito superiores a isso. Os fracos pensam em salários, em comida, em tempo livre, em garantias de segurança. Os fortes? Riem-se dessas ideias. Os fortes não se preocupam com as merdas do dia a dia. Eles asseguram o básico da sua sobrevivência, mas vivem para algo superior. Passam dias sem interagir com ninguém. Passam noites inteiras a trabalhar em projetos, sem garantias se irão funcionar. Viajam, sem garantias de segurança. Investem enormes quantidades de tempo e energia, em direções que não garantem nem prometem dinheiro.
É assim que viverei a minha vida. Sem medo. Sem garantias nem expectativas. Apenas com um propósito superior a mim próprio, incompreensível à maioria das pessoas.
A revolta que carrego dentro de mim, irei usá-la. Irei transformá-la em coisas interessantes. Será a base da minha criatividade. Usá-la-hei para aprender lições, e não repetir erros.
O caminho ainda vai muito no início. Ainda assim, já fui atacado. Fui difamado. Fui traído. Não tenho aliados. As únicas garantias que tenho, neste caminho, é que isto não irá mudar. Continuarei a criar novos inimigos, continuarei a ser censurado. A minha mera existência é uma ameaça para muita gente. A minha revolta contra o sistema, contra o status quo. Viverei como um misantropo. É o que mereço por ser um monstro. A minha revolta, a minha Raiva, isto afasta as pessoas. Elas que se afastem! Afastem-se do meu caminho, deixem-me viver!
Inimigos? Eles que venham. Nunca me renderei. Nunca cederei a favor de uma ideologia, ou de um grupo, ou de um sistema. Já estou amaldiçoado. Muito pouco me surpreende hoje em dia. Há muito pouco margem para os outros me atacarem agora. Já passei por muito, já sofri muito. A Raiva dos outros? Não me deixarei intimidar. Não me renderei. Mesmo que tenha pagar caro por isso, mesmo que seja injustamente punido. Nunca renderei a minha alma.
A Raiva… É algo tão doloroso. Como uma ferida, uma facada no estômago… Mas é o que me indica que estou no caminho certo.
Seguirei o caminho da Raiva. Este é o meu propósito. É a minha honra.